quinta-feira, 24 de novembro de 2011
SÓ SE VÊ NA ÁFRICA...
sábado, 12 de novembro de 2011
COISAS DA VIDA - Clarice Lispector
Clarice Lispector
Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo,
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo ao ponto de não sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava da minha vida,
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar
os olhos,
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amavam...
Já passei horas na frente do espelho,
Tentando descobrir quem sou,
Já tive certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi...
Já falei a verdade e também me arrependi...
Já fingi não dar importância as pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieta em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de risos quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar
uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse.
Já gritei quando devia calar.
Já calei quando devia gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias de final feliz, para dar esperança
a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”...
Já caí inúmeras vezes,
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes, achando que não cairia
mais...
Já liguei para quem não queria,
Apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro,
Por ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite,
Fugindo de um pesadelo, mas ela não apareceu e foi um
pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de “amigo, e descobri que não
eram,
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada,
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu
coração!
Não me façam ser o que não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras.
Não sei voar com
os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
Mas com certeza não serei a mesma para sempre...
Com o tempo aprendi que o que importa não é o que você
tem na vida,
Mas quem você tem na vida...
E que bons amigos são a família que nos permitiram
escolher.
Gosto de cada um de vocês de um jeito especial e único...
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011
O CASO DE AMOR DE CECELIA WEBBER PELO CORPO E PELA ARTE!
Recebi
as fotos abaixo por e-mail em 2010. Vieram assim, sem referência, sem links,
apenas belas imagens estampadas no monitor. De cara, me chamou atenção pela
excentricidade das composições, as cores, as posições... De alguma forma, são
corpo e alma num mesmo trabalho. Ficou apenas na memória, pois naquela época
ainda não havia o “Blog do Carneiro”.
Nesta
semana o recebi novamente de uma amiga/sobrinha que me fez ter um olhar
diferente sobre tais imagens. Resolvi compartilhar.
Pesquisando,
vi que as imagens são muito apreciadas e citadas em vários blogs, mas ainda
assim pouco se sabe sobre a autoria das mesmas. Com a ajuda meu brother Google,
achei a mulher por trás da arte – Cecelia
Webber .
Cecelia Webbe |
Nasceu
no estado de New Hampshire, USA, estudou arte em uma universidade da Califórnia
e também possui pinturas impressionistas e modernistas bem interessantes além
da “Série Butterflies”, usando a mesma técnica da “Série Flowers”
Menina
tímida de cidade pequena, conta em seu site que passou boa parte da infância
nos campos caçando salamandras laranja (eu falei que era excêntrico!) Enquanto
ela crescia, o mundo parecia cada vez mais estranho e mais pensamentos vinham
em sua mente, como a esquisitice da cultura ocidental em ter vergonha do
próprio corpo.
Para
a artista o corpo é algo maravilhoso que merece nada menos do que ser
celebrado. Um belo dia, um insight instigou o início e desenvolvimento da sua jornada
como artista.
"Série Human Flowers"
Algumas imagens da "Série Butterflies"
Link da "Série Buterflyng"
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